terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Limites e Educações na Adolescencia


imitar é ensinar que todos temos direitos, sim, mas deveres também. Limitar é mostrar que o outro também deve ser considerado quando nos decidimos a agir, que nunca devemos pensar apenas em nós mesmos, mas sim compreender que vivemos em grupo, ou seja, convivemos.
Antes de tudo, é preparar nossos filhos para o exercício da cidadania. É esta, sem dúvida, uma parte importante do trabalho educacional da família. Estabelecer limites é dar responsabilidade, o que implica em tornar nossos filhos, mais cedo, adultos responsáveis.
NOSSA REALIDADE
Quanto mais hostil for o meio, ou seja, quanto pior estiverem as coisas na sociedade, mais nós, os pais, devemos compreender e introjetar a importância do nosso papel, em especial, o PESO do nosso exemplo e dos nossos ensinamentos. Mais que temer a influência do meio, devemos continuamente analisá-lo com nossos filhos, para que eles tenham condições de se defenderem de influências indesejadas.
Se vivemos numa sociedade em que muitas pessoas acham que podem tudo devido à impunidade existente, isto não é motivo para que ensinemos nossos filhos a serem desonestos. Pelo contrário, é desvelando essa realidade injusta e analisando o que está ocorrendo que poderemos instrumentalizá-los a adotarem uma postura combativa e de luta contra as injustiças.
Entregando os pontos” estaremos apenas dando razão à desonestidade e à falta de caráter. Afinal, qual o nosso objetivo ao educarmos nossos filhos? Formar um cidadão respeitado, justo, honesto ou criar um arremedo de ser humano, alguém que só pensa em “se dar bem”, independente da forma, já que existe tanta coisa errada por aí?
PRESSUPOSTOS PARA EDUCAR
Pais bem orientados e equilibrados agem com os filhos adolescentes apoiados em um tripé básico:
A) empatia: para isso é necessário saber ouvir, sem preconceitos, deixar o coração livre e desimpedido para “sentir com” e, principalmente, dar mostras de compreensão do sentimento do outro.B) diálogo: depois de ouvi-lo colocar suas dúvidas e problemas, você parte para a análise conjunta da situação e a busca de soluções possíveis, de preferência orientando, sugerindo, mas deixando, sempre que possível, a decisão final a cargo do jovem.
C) estabelecendo limites: ter empatia e dialogar não impede nem impossibilita que, quando necessário, você estabeleça limites, com base na sua autoridade e no dever de zelar pela segurança dos filhos. Isto quer dizer que, muitas vezes, por mais que tente, você não conseguirá convencer seu filho de alguma coisa que considera fundamental e, então, se torna necessário estabelecer alguma regra ou proibir alguma coisa.
QUANDO AGIR
A agressividade deve ser combatida toda vez que superar os limites da educação, da polidez, da civilidade. E também sempre que percebermos que nosso filho está agindo, falando, se comportando, enfim, de forma que possa colocar em risco sua segurança, seu futuro. Mesmo quando não se trabalhou os limites na infância, é possível reverter a situação. É mais difícil, mas não impossível. O fato de os pais perceberem que perderam tempo, deixando de aproveitar a infância para o estabelecimento dos limites mínimos, o que determina uma convivência baseada no respeito e na igualdade de direitos e deveres, já os coloca um passo adiante na resolução do problema.

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